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CONSUMO CONSCIENTE: O QUE É E POR ONDE COMEÇAR?

31 Out

Saiba como aplicar esse conceito na sua vida de forma simples, fácil e acessível.

Quando falo o termo consumo consciente, de imediato as pessoas já ficam desconfiadas e pensando "ih, lá vem a doida" - tenho certeza que você que está lendo esse texto também pensou isso (risos). Por esse motivo, queria começar a nossa jornada aqui apresentando o que é consumir consciente na prática, falar um pouco sobre a minha trajetória aplicando ele numa vida real e mostrar os benefícios que ele traz para o mundo e para nossa vida pessoal.

Mas antes de tudo, acho importante contextualizarmos um pouco sobre a indústria da moda no Brasil e o impacto dela. Atualmente, nosso país é o nono maior mercado do mundo e o quarto considerando países emergentes, ficando atrás apenas de Rússia, Índia e China. Estamos falando de um segmento que, em um ano, movimenta cerca de 208 bilhões de reais, produz mais de 5 bilhões de peças de roupa e descarta cerca de 4 milhões de toneladas de resíduo têxtil. É um mercado que consome e polui recursos do nosso meio ambiente em proporções megalomaníacas. 

Muito dinheiro, muita produção e muito consumo que resulta em muito impacto negativo e muito lixo gerado. É tudo "muito".

A partir disso, começam a surgir alguns movimentos que tentam boicotar essa onda, como moda sustentável, slow fashion e o consumo consciente. Esse último, que é o nosso assunto hoje, propõe que a gente repense a forma como nos relacionamos com roupas e compramos elas. Ele nos leva a refletir e contestar o nosso modus operandi tão pautado em consumir tudo a todo momento, adquirindo e descartando peças na mesma velocidade, tudo muito impulsionado pelas mídias e redes sociais. O que hoje é tendência, amanhã virou cringe, acabamos sendo engolidos por esse ritmo e a sustentabilidade vai toda pro saco.

Foi então que em 2019, eu resolvi aderir de forma drástica ao conceito de consumo consciente. Tinha uma viagem planejada pro Exterior e precisava guardar uma grana para poder realizá-la. Foi quando lembrei do projeto "Um Ano Sem Zara" da jornalista Joana Moura. Pensei eu, cá com meus botões, "é isso, vou aproveitar para fazer um grande detox daquilo que mais usa o meu dinheiro, repensando esse consumo, e aproveito para guardar uma grana". Pronto, foi um caminho só com passagem de ida (não das férias, essa eu precisei voltar mesmo), e assim nasceu os #365diassembrusinha, meu projeto de repensar a forma como eu comprava roupas. 

A ideia do consumo consciente não é parar de comprar (como eu fiz nos #365diassembrusinha) mas sim fazer os investimentos certos, naquilo que você realmente vai usar, incentivando cadeias produtivas mais sustentáveis. 

Aderir ao conceito é relativamente simples e existem algumas formas fáceis de aplicar o consumo consciente na nossa vida. Você pode começar fazendo apenas uma pergunta na sua próxima compra: eu realmente preciso dessa peça? E se quiser ir além, vou deixar aqui alguns exercícios para você testar:

  • Entender se essa peça realmente se encaixa no seu estilo e vai render pelo menos 3 looks com roupas que você já tem
  • Checar se ela vai funcionar em mais de um tipo de ocasião, do rolê com as amigas até o date especial
  • Garantir que ela esteja cabendo em você e não o contrário
  • Entender se ela vai te fazer passar perrengue: ninguém merece ficar desconfortável no look, né?

Você pode também optar por consumir de marcas nacionais que tenham um viés slow fashion ou ainda comprar em brechós, o que ajuda e muito considerando que incentiva o mercado da moda circular e evita o descarte desnecessário. Mas se não rolar, ou não for da sua vontade, tudo bem! 


As dicas acima são um primeiro passo para você conseguir aplicar o consumo consciente e, conforme você se aprofunda, entende que ele pode inclusive se expandir para outros âmbitos da vida. Toda e qualquer iniciativa já faz a diferença e ajuda muito o nosso planeta e o nosso bolso (que também é importante), então por que deixar pra amanhã se você pode dar o start hoje?

Designer por formação com pós em marketing, sou a famigerada "Influ CLT": trabalho com branding e comunicação em horário comercial e nas horas vagas compartilho a vida, os looks e ideias sobre consumo consciente nas redes sociais. Sagitariana, doida por bichos, tênis e peças de alfaiataria.


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